sexta-feira, 10 de junho de 2011

Da luta não me retiro.



   "Partir os céus, enterrar a verdade,e esquecer do tempo" é tão inútil como correr atrás do vento. Sofra sua dor, derrame suas lágrimas, agarre suas risadas e siga em frente.Assuma quem você é, assuma suas mazelas e fraquezas: elas são partes de você. Não tenha medo de ser quem é,tendo a certeza de que só merecem aqueles que aguentam.Abandone os contos de fadas e a inocência programada, no paradoxo de conciliar a realidade feia com a confiança de que tudo pode melhorar. Desconfie, se quiser. Confie, se puder. Não se entregue nunca mais até mostrarem ser capaz.Torça,afinal, para, um dia, "respirar um novo começo, com alguém que queira envolver seus braços no que restou de ti".

terça-feira, 17 de maio de 2011



Palavras latejam mais do que as feridas ressoam.

sábado, 14 de maio de 2011

Amor de tinta



Pintei sobre você os meus desejos.
No carnaval da nossa euforia,
Assinei-lhe todos os meus beijos.
Bastava o amor de cada dia,

Mas, no meu cubo mágico de fantasia,
O amor do seu rosto se esvaia
A tinta, na sua pele,
Congelou enquanto escorria

Fizemos, de nós, opostos que não se atraem,
Dispostos que se retraem,
Amor ferido que não bastou.

O frio da culpa sufoca o peito,
Rasgado em mágoas dos meus defeitos
Que, um dia, imaginaram-lhe minha.

Rachel Alencar e Marina Boni

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A humanidade tem essa mania de valorizar os inconstantes.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Praia noturna



Lua, sorriso do gato.
Céu,extensão do espaço.
Mar, pedaço de mundo.
Coração, um poço profundo.
Nuvens, um pouco do açúcar.
Areia, onde o tudo apaga-se.
Estrelas que brilham como o Sol.
Uma canção,amor no violão.
Juízo, que às vezes se usa,
E que nem sempre faz falta.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Gaiola do ser



Doce ilusão essa, a do ser humano: pensar que pode engaiolar o tempo em relógio,enquanto continua prisioneiro.


domingo, 13 de março de 2011

Olhos rasos

Ver vocês e não ter
Mais aquele calor,aquele sabor
Sabor de carinho,de abraço
É mais cruel do que nunca chegar a conhecer

Eu vi no espelho o amor que eu guardei
Eu vi em vocês o amor que eu não soube dar
No coração ficou só o ar
Pus para fora o amor que,antes ,não dei
É que eu amo muito vocês.

Guardei o vento

Aqui ficaram as suas roupas
Seu óculos escuro eu guardei
Guardei por gostar,mas quase sem ter por quê

Ficaram também memórias
Guardei, e não sei como fazer
Pra ter um jeito meu de mostrar

Pra você guardei
Pensamentos e sentimentos
Palavras ao vento
Palavras pequenas e momentos

Riqueza de detalhes
Guardei também meus olhos
Agora, tão vazios como suas roupas
Seus óculos
"Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar"

Fora da tangente

Sabe quando um vetor tangencia uma trajetória?Esse é um momento crítico, estar exatamente sobre o círculo.Hoje, eu, esse vetor, deixou de tangenciar e começou a sentir.Saiu desvairado, viveu de verdade, tirou uma venda,emergiu de um poço tão profundo quanto o coração humano.Quase sufoquei,quase me afoguei.Quase.Deus teve misericórdia.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A megera não domada

Eu sei que eu vou sempre
Ser a megera não domada,
A grosseira sem razões
Eu sei, minha imagem está acabada
Como cacos de uma vidraça
Que foi quebrada sem causa

Mentira se eu disser que nem me importo
Ou que vou me acostumar
Mas essa fama de mal vou ter que sustentar
Não tem saída, alternativa
Não tem tato, teste, tempo ou tentativa
Que possa me dessa vida me arrancar

Apenas a misericórdia divina

Dor de cabeça

Ilusão imaginar você pra mim
Se você nem sabe compartilhar
Ser amigo, dividir a pizza igualmente
Se você não consegue nem olhar no fundo dos olhos

Vai parecer cruel
Mas eu não lhe quero mais
Nem quero pensar em nossas vidas juntas:
(Pois) pra mim isso nunca foi real

Eu lhe digo mais
Digo que você não deve esperar
Porque não vou, de novo, me enganar

O seu amor (eu sei ) não vale a pena
Ele é tão doentio
Quanto você é