segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dados

Dados

O problema das pessoas
É que elas querem ser únicas,
Quando para alguns
O amor (não) passa de um jogo,
E(fêmero)terno.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ferida aberta

Quando ele telefona
E resseca o ar da flor
Tudo lhe vem à tona
Cortando o que brotou

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Abri os olhos

(De) Hoje (em diante)

Hoje Deus usou
A (tua) morte pra me dar mais vida
Muitos não vão entender
Meu contentamento descontente

Hoje o céu ganhou sorriso
E a terra perdeu tantas cores
Mil amores,alegria e compaixão
A razão ficou,por um instante, muito insana

Ontem eu te vi
Dentro de um saco, preto
Mas não vou me intimidar
Eu sei que ali tu não estavas
(Tentaram me enganar)

Ontem eu chorei,
Hoje, de novo
Amanhã, novamente
É que o vazio é inevitável

Hoje eu caí na escuridão
Mas Uma mão se ergueu
E me disse:
Siga em frente

Essa mão era o nosso Pai
Que me mostrou o presente
Da tua vida em minha vida
Da tua morte em minha morte

Hoje eu acordei de um sono profundo
Pisei o mundo ( de novo)
Lavei a alma (renovo)
Decidi acreditar na cura (possível)

Hoje, não há palavras que expressem
Nem lágrimas que escrevam
Meu amor por ti
Minha dor de saudade

Não mais que de repente
Eu sei, foi tão diferente
Ver seu corpo deitado
Mas eu tenho um consolo:

Saber que tu hoje
És feliz de novo
Não sofres, não sangras
Contas piadas (e gargalhas)

Agora só me resta
Carregar-te pra sempre (no peito)
Chorar, volta e meia,
Vendo uma foto tua

Lembrando das maravilhas
Que passamos juntos
Seguir em frente com mais um motivo:
Você.

sábado, 11 de setembro de 2010

Fatal

Pensar que é fácil
Não torna menos difícil
Ignorar as picadas
Não diminui o inchaço
Nadar contra a corrente
(Nem) Sempre leva à margem certa
Acreditar
Não impõe o acontecer
Perder a vontade de viver
Pode (não) ser fatal

domingo, 5 de setembro de 2010

Sonheto

Ontem eu saí de casa
Vi gente pulando muro
Vi brincadeiras no escuro
E até enxerguei além do que gostaria

Ontem eu pisei o mundo
Meu pé girou em câmera lerda
O ar cheirava à canela
Os colóides não eram mais de gás, tão pouco de algodão

Ontem, eu olhei pra trás
Todo um mundo cor-de-rosa fugaz
Uma matriz mentirosa e sagaz

Hoje, a inocência que eu perdi
Me energiza, e realiza
O sonho que na cabeça finalmente é real

Serei quem eu quis, quem eu quero de verdade

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Não

Se as nuvens me dizem não
Eu teimo, subo no avião
Para provar que ainda existe
Esperança no amanhã

Se você me abraçar devagar
Garanto, é difícil suportar
Você me enganou
Mas eu ainda te amo tanto

Não tinha a intenção
De te machucar
Quando disse que não conseguia mas
Em mim te encontrar

Vamos só por um dia
Esquecer do passado
Quero virar o mundo de ponta cabeça
E te dizer sim, mesmo que no fundo seja não

domingo, 8 de agosto de 2010

O pior

Vai, que é tão cruel
Ficar sem pretender
Se entregar

Ah!Como eu queria
Desprender do chão os pés
E novamente voar

E é tão difícil encarar
As marcas das partidas
Longas despedidas daquilo que nunca foi

E eu que te amei tanto
Hoje não sei mais
Quem sou

Duro reacreditar
Para depois não mais
Amargo o gosto que passou.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Eu sei

Eu sei que minhas palavras não deixaram de latejar em sua mente.Nem por um segundo, nem por um piscar.Tente me enganar, mas saiba que não conseguirá.
É,eu sei.Foi duro.Difícil levantar para a realidade que é essa: a gente já foi melhor.Melhor na dor, melhor no amor, melhor em tudo.
Eu sei, eu já não sou tão boa assim, eu já não tolero certas atitudes.Sinto muito pela minha alma cansada e meus olhos rasos d'água.Não queria te fazer chorar, nem te apedrejar.
Eu sei, pode duvidar.Vai, questiona esse meu amor dilacerado.Diz que eu quero terminar.Mas só de ouvir me dói respirar.
É,eu sei, o sonho está se desmantelando: o vestido, os pequeninos, a viagem, o futuro, aonde vão parar?
Ah, eu sei, não posso te julgar.É que é tão difícil acreditar, e sou tão fácil de enganar.
É...eu sei.Eu sei,amor.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Metonímia das lágrimas



Ah, vai
Eu abri o mar com minhas mãos, sim
Mas o barco pareceu fugir do buraco
E minhas mãos quebradas não conseguem segurar a tempestade

Ah,vai
Eu desisti um pouco, sim
Eu menti um pouco, sim
Eu me enganei achando que ignorar era uma boa solução

Ah, vai
Pode abrir os olhos, eu vou estar aqui
Meu barco estará sempre atracado
Nunca apenas descreverá um arco,evitando o cas

Ah, vai
Você também mentiu
A gente traiu
Tudo aquilo em que acreditávamos

Ah, vai
Mas volta
Por favor, não vire as costas mais
Não me deixe no escuro de novo

Ah, vai
Olha só de novo
Aonde foi desandar o barco
A gente acreditou tanto no amor
Já dizia o poeta: 'navegar é preciso, viver não é preciso...'

Hoje, meu coração

Hoje, meu coração é tão diferente
Hoje consigo ver à frente aquilo que sempre quis
Mas não sei dizer
Não estou tão feliz

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Let it snow(1)

Deixe nevar
Mas que belo dia!Logo de manhã, nuvens gélidas estampadas no céu, com a ameaça de uma leve nevasca.Enquanto passeávamos pelas ruas, nenhum agasalho do mundo parecia ser suficiente para nos aquecer!

O sexto dia da nossa estadia em Londres parecia que era, no máximo,o segundo: ainda não havíamos nos acostumado tão bem ao frio congelante!

Depois do almoço um tanto quanto exótico em um pub próximo à Tottenham Court, a volta ao British Museum parecia ainda mais agradável, quando algo nos surpreendeu extraordinariamente: pequenos flocos de gelo pairando no ar à nossa frente.NEVE.Já posso morrer feliz.

Dia 08 de fevereiro de 2010, eu, 18 anos: minha primeira nevasca.Começou suave, e ao final da noite estava apertando cada vez mais, algo pelo qual agradeci ao meu Deus maravilhoso.Nossos casacos sapicados por aqueles pedacinhos de céu tão corriqueiros, porém tão graciosos.Quem diria que algo tão trivial poderia ser a melhor coisa do dia.Então, é o que eu digo: deixe nevar,deixe nevar,deixe nevar*.


*let it snow

sábado, 9 de janeiro de 2010

Tudo novo(de novo?)



Nada novo, tudo igual
Mais um ano, carnaval
Sol,brigas,chuvas,pessoas
Tudo igual?

Algo novo, brisa no ar
A entropia que não nos deixa voltar
Ao que se foi, ao que será
Nunca se saberá

Um novo ano
Novos planos,novas metas
Cabeças erguidas
Seguindo em frente

Vamos fazer do tudo,algo novo
De novo, e de novo
Inovando, sempre e sempre
Tudo novo, de novo

Nossa memória
Nos manterá
Longe daquilo
Que irá falhar

Tudo de novo,novo
Tudo novo, de novo